sexta-feira, 5 de março de 2010


Sublime adonis que meu universo cintila!

Que em teias doces , atou me em vossas vestes perfumadas,

No turbilhão de asas desvairadas

Ofuscou-me com luzes colossais

Quero-te assim, vinho entorpecente,

Aniquilando em mim a lógica que mente

Mármore candente, amor sereno

Naja hipnotizante, adicto veneno

Paixões de infinitos abissais

Aninhou se qual pássaro pueril em meu coração lunar,

Quebrantou espírito errante, melancolia a vagar

Rogando por intervenções celestiais!

Vinho , dessa tez que ambrosia exala

Vinho, desses olhos que meu espírito resvala,

Vinho! De voz a meu juízo enlouquecer,

Vinho! Adormeci, em teu peito, meu eleito

Em êxtase, em embriaguez, minha razão a fenecer!